sexta-feira, 29 de outubro de 2010

shabat a virada na sua vida

O HOMEM DA MÃO MIRRADA
LUCAS 6 : 6 A 11

Lucas é discípulos de Paulo, e Lucas destaca que no templo havia um homem com a mão ressecada outra tradução leprosa, outra tradução mirrada.

Lucas faz questão de enfatizar que Jesus entrou na sinagoga no Sábado, o sábado para o judeu tem um significado muito importante, mais importante que o domingo para nós cristão, e mais importante que a sexta feira para os mulçumanos.

Lembre-se que Deus criou tudo em sete dias e ele disse no primeiro dia criou isto no segundo isto, terceiro até o sétimo dia onde ele descansou, pois agora o próximo dia é o primeiro de novo, não temos o oitavo dia , o nono dia, então observe que quando chegamos no sétimo dia isto indica um curso, um ciclo de tempo, como se você virasse uma nova página, a semana tem um significado muito grande os quando chegamos no sétimo dia voltamos para o primeiro novamente. Então numero sete se manifesta sete sheva indica divindade, todas as vezes que o numero sete se manifesta ao divino acontece, todas as vezes que Deus se manifesta em nosso mundo é para por fim em uma fase e início um novo tempo.

Este é o verdadeiro significado do sábado, ou shabat, pois todas as vezes que ele se manifesta indica o fim de um tempo e começo de outro, é o virar de uma página.

Jesus entrou em uma sinagoga no shabat, ou no dia em que os judeus mudam o texto da tora, a tora é dividida de sete em sete capítulos, é por este motivo que no sábado eles se reuniam na sinagoga para dar fim aos textos lidos durante a semana, e assim eles viram a pagina para o próximo grupo de sete versículos, sendo assim eles então liam a tora inteira, porém no sábado eles tem como fim de uma página e começo de outra página, eles não compreendiam que Deus descansa no sábado para o começo de outra jornada,

Todos vãos a sinagoga no sábado para assim estudar um novo texto, dando inicio no primeiro dia da semana.

Jesus foi para lá em um dia especial, Jesus está ali para ver o fim de um texto e dar o começo de um outro texto, ou fim de um tempo e começo de um novo tempo, já quero profetizar na sua vida que o senhor te trouxe aqui para por fim em um tempo e o começo de um novo tempo na sua vida, quem crê em milagres aqui nesta noite de um glória a Deus.

Lucas faz questão de relatar que naquele culto havia um homem com um enfermidade terrível, sua mão direita está leprosa, secando a cada dia, vejamos a dificuldade que aquele homem estava enfrentado, na sua vida , pois a mão direita dele esta inutilizada, você já parou para pensar como estava difícil a vida daquele homem , pois a mão direta supondo que ele seja destro, era a mão do apoio, a mão da realização, a mão da atitude, creio que sua vida financeira esta um caos, sem trabalhar sem sustento, ainda mais com a realidade de que não teria cura, seu caso não teria solução.

Esse homem é um exemplo de fé para nós, pois naquele tempo um homem após ter sido diagnosticada a lepra, ele automaticamente teria que ser excluído do convívio da sociedade, pois era considerado imundo perante o povo, mais ele não aceita aquela derrota e se mantem quieto, não conta nada pra ninguém, anda co uma faixa na mão, cortei na faca , sei que ele sabia que se declarasse seu problema muitos não iria entender, e iriam discrimina-lo, acusa-lo, talvez você esteja assim não fala para ninguém o seu problema, está ai quietinho no seu canto, mais esta com a esperança de que vai chegar o fim daquela luta e o começo de um novo tempo na sua vida, lembra do que te disse sobre os sete dias da semana,

Lucas declara que Jesus foi a sinagoga no dia se sábado dia de mudar de página, dia da virada e então aquele homem esta ali quieto só ouvindo Jesus pregar, talvez não sei mais o versículo que ele estava lendo fosse o dia em que Ana é confundida com uma bêbada, e o profeta Eli diz para ela até quando ficara bebendo deste jeito ela diz não meu senhor sua serva esta se derramando diante do Senhor estou amargurada, Eli diz que o Senhor conceda o seu pedido.

Então Jesus diz para o homem hei você ai levanta te, e vem até aqui , eu penso que ele talvez deva ter feito de não entendido, quem eu , Jesus diz é você mesmo, vem para o meio, porque vem para o meio, na sinagoga não se assenta assim como nós nos acentamos mais todos se assentam em redor de frente um para o outro, e o pregador fica no meio no centro, a tribuna fica no centro da sinagoga, eu te digo que para aquele homem, sair e ficar de pé deva ter sido um desafio, pois logo vem será que ele vai revelar, o meu problema para todo mundo, ele sabe que eu tenho uma lepra que eu sou leproso, então ele poderia muito bem ter ficado cantado, eu não ele vai me envergonhar, mais ele toma uma atitude de fé, e fica em pe, eu não sei o que vai acontecer mais eu preciso de u milagre

domingo, 3 de outubro de 2010

A verdade nao morre ela volta

O patrão pergunta para um de seus novos funcionários:

- Você acredita em vida após a morte?

- Sim, respondeu o rapaz.

- Que bom, disse-lhe o patrão.

- Por que, chefe?

- Porque ontem, após você ter pedido dispensa para ir ao "funeral" da sua avó, ela esteve aqui fazendo uma visitinha surpresa para você. Senhora simpática! Conversou com todo mundo, tomou um cafézinho, usou o banheiro...




Suave é ao homem o pão da mentira;
mas depois a sua boca se enche de pedrinhas.
Provérbios 20.17

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

SHEKINAH OU HAKAVOD

מִקְדָּשׁ וְשָׁכַנְתִּי בְּתֹוכָֽם׃: Ve Asu Li Mikdash Ve Shakhanti Betocham
EX: 25.8
AUTOR PASTOR MARCELO DIAS DE SAO PAULO

Normal ouvirmos em nossos cultos, congressos, seminários, a palavra “Shekiná”. Desde adolescente ouço esta palavra na igreja. Pregadores a usam com freqüência. Os “ministros do louvor” têm o hábito de usá-la. Temos até um cântico muito conhecido: “Derrama a tua “shekiná” sobre nós.

Agora pergunto: De onde tiramos a palavra “shekiná”? O que significa esta palavra? Será “shekiná” uma expressão encontrada nas Escrituras?

Começando pela última pergunta, a palavra “shekiná” não é encontrada em nenhum lugar das Escrituras! Penso que você neste momento está perplexo. Esses dias atrás, pregando em uma grande igreja aqui em São Paulo, falei sobre isto no púlpito e imagine a reação do plenário, bem como dos obreiros. Após o término do culto, várias pessoas me pararam e diziam: “Pr Marcelo, já ouvi “pregadores de renome” falar isso! Faz tantos anos que ouço todos falarem desta palavra “shekiná”, será mesmo que o sr não está enganado?

Exatamente aqui reside nosso problema. Nós ouvimos os “grandes pregadores” falarem, e aceitamos tudo. Não procuramos pesquisar, averiguar, perscrutar. Tudo o que é novidade, e é falada por alguém de “peso”, nós aceitamos e logo começamos a falar. Falta em nosso meio, cristão bereanos, que analisam a cada dia as Escrituras, para verem se está correto ( At 17.11).Notemos que era Paulo que estava pregando! Homem de cultura invulgar, conhecedor de toda lei judaica, e acima de tudo, um dos maiores pregadores que o mundo conheceu. Ora, se Paulo teve que passar no crivo dos bereanos, o que dizer de nossos pregadores? Serão estes maiores que Paulo?

Mas voltando ao assunto da palavra “shekiná”, este vocábulo não aparece na Bíblia Judaica [ Tanakh] nem no N.T, sendo uma palavra derivada da raiz hebraica -נ -כ- ש (sh-k-n), cujo significado é "habitar", "fazer morada". Se perguntarmos a qualquer irmão, o que significa esta palavra, todos dirão: "a glória de Deus, presença de Deus". Acontece que, “shekiná” não significa nada disso! O vocábulo “glória” no hebraico é “kavod” – o peso da glória de Deus.

A Shekiná, como uma idéia concreta, aparece só na literatura literatura rabínica, havendo somente "alusões" a esta presença divina, no meio do povo de Israel, na Torá, quando Deus disse ao seu povo :

וְעָשׂוּ לִי מִקְדָּשׁ וְשָׁכַנְתִּי בְּתֹוכָֽם׃: Ve Asu Li Mikdash Ve Shakhanti Betocham

- "e fareis um santuário para Mim, e habitarei no meio deles (dos israelitas)"[1];"וְשָׁכַנְתִּי בְּתוֹךְבְּנֵי יִשְׂרָאֵל, וְהָיִיתִי לָהֶם לֵאלֹהִים" - "e habitarei no meio dos filhos de Israel, e serei-lhes por Deus"[2]; e יְהוָה צְבָאֹות הַשֹּׁכֵן בְּהַר צִיֹּֽון׃ "o Eterno dos exércitos, aquele que habita em Sião"[3].

Conclusão
Vimos por meio deste singelo estudo que a palavra “shekiná”não está nas Sagradas Escrituras. Aprendemos também que“shekiná” não significa : glória, presença de Deus. Ela vem da raiz “shakhan” que significa – habitar, fazer morada. Esta idéia de “skekiná” aparece somente na literatura rabínica, onde os judeus cabalistas [4] começaram a usá-la a partir do séc XIII. Devemos estar sempre prontos a aprender e não ir além da Escritura. Foi o que Lutero disse para Erasmo: “ A única diferença entre eu [ Lutero] e você [Erasmo] é que eu me coloco debaixo da autoridade das Escrituras, e você se coloca acima

sábado, 18 de setembro de 2010

Alef Beit

O ALFABETO HEBRAICO
ALFABETO HEBRAICO

ALFABETO HEBRAICO

ALEPH BEIT IVRI

A SEMÂNTICA DAS LETRAS

Francisco Valdomiro Lorenz nos diz que: ...A língua de Moisés é tão lógica que representa sempre três sentidos: um natural ou material, um simbólico e um espiritual. O valor semântico das letras nos indica os significados simbólico e espiritual:

ALEPH - O primeiro som que o ser humano articula e a primeira letra do alfabeto. Exprime a idéia de unidade e do princípio; designa a causa, a fôrça, a atividade, o poder, a estabilidade e o homem como unidade coletiva.

BETH - Designa o interior e ativo, o poder plasmante, o germe, a paternidade, o Criador, a habitação, o objeto central.

GHIMEL - É o sinal do organismo, expressão de envolvimento material do corpo, seus órgãos e suas funções.

DALETH - Denota a natureza divisível, abundância, divisão, nutirção.

HE - É o símbolo de fôlego, princípio vivificador, vida absoluta e de toda idéia abstrata do ser, alma, espírito, como sufixo designa o feminino e as vêzes exprime veneração.

VAU - Esta letra é como um nó que liga ou um ponto que separa o Ser e o Não Ser. É o sinal convertível universal, que faz passar de uma natureza à outra. Pode ser vogal ou consoante; como vogal tem dois sons: "O", que é sinal da luz espiritual, claridade e clareza, limpidez, brilho e "U", que é sinal do som e do ouvido. Vau é o símbolo do Verbo, isto é da Palavra Interior, da Luz, do intelecto. Gramaticalmente serve para verbalizar todas as raízes.

ZAIN - Designa a tendencia, o esfôrço dirigido a um fim determinado, a causa final, a refração luminosa, a indicação.

HETH - é sinal da existência elementar, rudimentar, proptoplástica; exprime também equilíbrio, idéia de calor, trabalho e ação moral e legislativa.

TETH - Indica resistência e proteção, teto, abrigo, refúgio, conservação, renovação, os dois princípios: o bem e o mal.

IOD - Quando vogal, simboliza a Divindade ( é o mais alto dos sons vogais); é imagem da manifestação potencial, duração espiritual, eternidade e do poder ordenador. Tornando-se consoante designa duração material.

CAPH - É o símbolo da assimilação, afinidade, coesão, matriz cosmogônica, vida refletida e passageria, fôrma, molde, modêlo, objetos.

LAMED - Exprime a idéia de extensão, elevação, ocupação, expansão, posseção, instrução, desenvolvimento.

MEM - É o símbolo da maternidade, fecundidade, formação plástica, ação exterior, passividade, água, líquido, fluidez. Como letra final indica coletividade, pluraridade.

NUN - Denota o Ser produzido ou refletido, a existência individual e corporal, o filho, fruto, geração. Como letra final tem o sentido aumentativo e dá à palavra toda a extensão individual de que a coisa exprimida é suscetível.

SAMECH - Simboliza o movimento circular, a circunferência, a redondez, a renovação cíclica, o universo.
AYIN - Indica a idéia de matéria, as relações físicas, ruído, vento, vazio, o que é desarmonico, confuso, curvo, falso, perverso.

PHE - Representa a palavra, a bôca, o pensamento, o ensino, acópula, a beleza.

TZADI - Simboliza o pensamento fixo em algum propósito, vontade, ordem, sugestão, movimento determinado para ecrto fim, têrmo, alvo, solução, cisão.

KUPH - É o símbolo da compreensão, arma ofensiva, golpe, ferida, dano, designa também voz, escrita, letra, lei.

REISH - Representa a cabeça humana, a unidade psíquica do Ser, a faculdade de sentir, querer e pensar, o movimento, a reflexão, a origem, a repetição.

SHIN - É imagem de renovamento das coisas quanto a seu movimento; existência, duração relativa, transformação, vegetação, reinos da natureza.

TAV - É o sinal dos sinais, simboliza a reciprocidade, a abundância, a resistência, a proteção, a perfeição.

SIGNIFICADOS NO ALFABETO HEBRAICO

Deus criou todas as coisas com números, medida e pêso. Por isso os cabalistas dizem que cada número contem um mistério e um atributo que se refere à Divindade ou a alguma inteligência.

Tudo que existe na natureza forma uma Unidade pelo encadeamento de causas e efeitos , que se multiplicam ao infinito; e cada uma destas causas refere-se a um número determinado.

Os antigos rabinos e cabalistas explicavam: a ordem, a harmonia e as influências dos céus sobre o mundo pelas 22 letras do alfabeto hebraico:

1 - Da letra ALEPH até a letra IOD, o Mundo Invisível ou Angélico, as inteligências soberanas que recebem as influências da primeira luz eterna que emana do PAI.

2 - Da letra CAPH até TZADE, as diferentes ordens de anjos que habitam o Mundo Visível ou Astrológico, regido por Deus o FILHO, isto é, pela Divina Sabedoria que criou esta infinidade de globos que circundam a imensidade do espaço, tendo cada um o seu protetor e diretor.

3 - Da letra QUPH até TAV, o Mundo Elementar, em que se observa a ação do Espírito Santo, que dá alma e vida a todas as criaturas. Na esfera dos elementos, reina a ordem dos anjos que influem sobre o destino dos homens. Eles cuidam das gerações e da multiplicação das diferentes espécies de criaturas até o infiinito.
Assim cada letra corresponde a um atributo Divino que se denomina "palavra" e que se inicia com a respectiva letra:

1 - ALEPH - AHIH (Aheieh), "Sou o que sou" - essência divina invisível a todos os sêres.
2 - BETH - BaChOR - jovem
3 - GHIMEL - GaDOL - grande
4 - DALETH - DaGOL - insigne
5 - HE - HaDOM - majestoso
6 - VAU - VeZIO - explendoroso
7 - ZAIN - ZaKhaI - imaculado
8 - HETH - ChaSID - misericordioso
9 - TETH - TeHOR - puro
10 - IOD - IaH - Deus Eternamente Vivo
11 - CAPH - KhaBIR - poderoso
12 - LAMED - LiMUD - sapientíssimo
13 - MEM - MeBoRaKh - bendito, abençoado
14 - NUM - NoRA - formidável
15 - SAMECH - SOMeKh - apoio
16 - HAIN - HwaZaZ - forte
17 - PHE - PoDeH - redentor, salvador
18 - TZADE - TsaDeK - justo
19 - KUPH - KaDOSh - santo
20 - RESH - RoDeH - governador
21 - SHIN - ShaDai - providência
22 - TAV - TheCiNaH - graça

Cada uma das letras do alfabeto hebraico corresponde a uma ordem de inteligências ou espíritos.

     

SETE VIRTUDES PARA CONQUISTAR

ASSEMBLÉIA DE DEUS SHEKINAH EL OLAM
                   PALESTRANTE PROF.RENATO.RENATO OLIVEIRA TH.B         ANO 2006

                             AS SETE VIRTUDES  DE UM HOMEM

INTRODUÇÃO

 TEXTO BÁSICO NU. 13 .25 ,26 

     Nesse relato que lemos no texto  que esta  em apreço  nos traz  algumas lições importantíssimas sobre as virtudes de um homem . aprenderemos com esse homem  sete virtudes,  que será de grande importância para os futuros reivindicadores de bênçãos, para aqueles que tomaram posse daquilo que e seu por herança . Sem mais delongas, iremos esmiuçar cada virtude desse homem.
     O texto nos relata que doze espias foram á terra de Canaã  para observar a terra , chegando lá viram que verdadeiramente  a terra manava leite e mel, todavia os mesmos homens que trouxeram esses relatos se acovardaram .Porém um homem se levantou no meio daquela multidão e, fez calar todo povo. O homem a quem  me refiro é Calebe ,pois nele vemos sete virtudes .

 1°separado Quando os espias voltaram trouxeram noticia negativa, noticia essa que qualquer um que ouvisse ficaria amedrontado,assustado e perplexo e ,com medo de tomar posse da terra . Calebe em meio negativismo se mostrou separado daqueles pensamentos pessimistas , pois  o próprio Deus dar testemunho dele, talves você já passou por essa dificuldade ,onde pessoas   parou você e disse : eu já tentei e não deu certo, já prestei concurso e não passei! você vai tentar?
 Contudo quero te dizer algo que e de muita valia se você não tem pessimismo, e nem anda agarrada com o negativismo você irar vencer na vida,  ainda que outros não tenham conseguido,  tu conseguiras pelo poder que há nas palavras que tu proferes no nome do Divino Mestre.

2º Perseverante:  ( Números 14.24). Eu imagino  que quando Calebe entrou em Canaã,  o adversário lançou seus dardos inflamados em sua mente , dizendo׃ “Você não vai conseguir. Você já viu o tamanho do gigante?”palavras essas que poderiam fazer qualquer um voltar a trás .Porem Calebe continuou perseverante. Muitos por não perseverar perdem as bênçãos de Deus na sua vida, existem momentos que temos que ser surdos para algumas palavras negativas e assim conseguiremos chegar até o final ( Filipenses 3.14) .

 3- Coragem:  coragem não é ausência do medo e sim domínio do medo.
Essa virtude e uma das virtudes que muitos homens de Deus precisam para alcançar grandes vitórias. Calebe em meios setecentos mil homens ele foi o único que fez calar o povo e disse ׃ “Subiremos e possuiremos porque nos venceremos”. Que coragem este homem nos revela.
     Amados irmãos só conseguiremos vencer se estivermos a coragem de Calebe, quantos tem se levantado para nos desencorajar , dizendo׃ “ Se eu fosse você  não iria , pois eu já tentei e não consegui, pois  é muito difícil”. Quantas pessoas aparecem com essas palavras em nosso dia-a-dia .

4º Prontidão:  Ele estava preparado para a obra, e para tomar posse da terra que o Senhor   prometeu. Ele não estava jejuando e nem esperando o tempo, pois Deus já tinha dado ordem , para que ele subisse e tomasse posse da terra . Existem  momentos que nos temos que dar lugar a ação em vez de ficarmos pensando quando estaremos prontos para tomar posse daquilo que Deus tem nos prometido.Deus esta nos dizendo hoje׃ que a hora esta chegando e Devemos estar preparados como obreiros ( 2 Timoteo 2.15).
     Calebe  tinha essa virtude, e estava pronto para tomar posse daquilo  que era seu, em meio aquela multidão de despreparados ele se mostrou capaz e pronto .





Confiança Ele tinha certeza que a terra era dele e que nela ele iria viver pois aquele que começou a boa obra é fiel  para completar ( Hebreus 10.23).
     O que aprendo aqui é que ele não se conformou com as palavras dos outros espias que não confiaram no Deus que os  sustentou no Deserto , porém Calebe se mostrou confiante sabendo que  não a gigante maior que o nosso Deus Javé  , e que ele não morreria antes de ver a promessa se cumprir.
     O que você acabou de ler é que para se conquistar a terra será necessário confiar(SL125) ter certeza que ele galardoador daqueles que o buscam .
6º Paciente Somente um homem paciente, poderia alcançar o objetivo, pois na época em que a promessa foi feita ele tinha aproximadamente quarenta anos  de idade . E só  foi alcançar  a promessa com oitenta e cinco anos de idade.
      Você agüentaria esperar tanto tempo assim? Talves não.Mas, algo interessante eu analiso aqui, é que para que ele tivesse tanta paciência assim, ele deveria ter  passado por muitas tribulações  ( Romanos 5.3), pois a tribulação gera paciência e a paciência gera experiência e a experiência gera a esperança. Então quando eu observo este  texto , eu aprendo que Calebe conseguiu tomar posse da terra porque era um homem  que aprendeu a passar tribulações,  e por essas dificuldades pôde alcançar essa virtude. Pois só pode dizer que tem paciência aquele passa por tribulações por dificuldades. Como direi que tenho paciência se nunca ninguém pisou no meu pé , ou se nunca me jogaram um balde de água fria, ou ficaram me devendo seis meses de aluguel. Será que eu e você estamos preparados para tomar posse desta sexta virtude? Analise hoje a sua vida e veras se estas pronto para entrar em Canaã.
7-Obediente  → A obediência  é submeter , e ceder à  alguém, é reconhecer quem tem autoridade.Essa é uma das maiores virtudes  que todo cristão precisa ter  pois a obediência faz com que os nossos anos se prolongue e que os nossos sonhos sejam realizados (Ef.6 )e assim veremos as  maravilhas de Deus sobre nossas vidas . O que acho mais interessante é que o próprio Deus fala que Calebe era obediente (Nu 14.24)E Eu te pergunto , será que Deus pode dar esse testemunho de sua vida?
  Meu amado leitor obedecer é melhor do que sacrificar quantos por não ter as virtudes de Calebe pereceram no deserto chorando,e se lamentando e ali mesmo morreram. Hoje te apresentei sete virtudes que  poderam fazer você tomar posse das bênçãos que o senhor preparou para ti .Quer continuar sendo desobediente? Se continuares não veras a terra . porque muitos por ser murmurador  e desobediente não alcançam nada, e sempre estão dando para trás, se for assim nunca veremos as promessas de Deus se realizarem em nossas vidas. E aqui termino dizendo׃ você nasceu com um propósito,  que  é de tomar posse das promessas de DEUS , então não deixe que nenhum murmurador ou algum filho de Anaque   venha te tira da visão da promessa que esta muito além de qualquer obstáculo .

Elaborada pelo prof.Renato Oliveira bacharel em teologia e licenciado filosofia crista, e pos graduado em ciência da religião  na faculdade Filadélfia   tel .: 2755 58 8

O MAL DO SECULO

 Depressao é muito frequente na sociedade actual tendo tendência a aumentar à medida que ela se vai tornando menos humana.
A depressão para caracteriza-se por um grande desinteresse pela vida, falta de vontade de viver, por vezes existem medos seja de enfrentar algo seja apenas medo de viver a vida ou alguma situação da vida.
Da mesma forma a pessoa sente-se incapaz de lidar com as coisas básicas do seu dia a dia.
A depressão pode igualmente resultar de uma desorientação da pessoa face a determinados objectivos caso ela sinta que lhe falta algo que lhe dê um motivo para viver.
A depressão pode levar ao suicídio ou a uma incapacidade de funcionar quer física quer mentalmente.
Esta situação (depressão) tanto pode acontecer na infância como na adolescência como na vida adulta ou mesmo após o parto.
Em qualquer das situações a pessoa com depressão sente-se incapaz de lidar com algo, ou sente que não vale a pena viver ou lutar e isso leva-a a afastar-se de tudo e de todos podendo tentar ou consumar o suicídio.
é uma situação para a qual todos devíamos estar prevenidos pois pode acontecer com qualquer pessoa, podendo acontecer mesmo com alguém da nossa família sem que tenhamos consciência desse facto.
Aliás, os sintomas da pessoa com depressão podem passar completamente despercebidos e só tomamos consciência da situação quando a pessoa comete alguma "asneira".
Depois é demasiado tarde.
Para evitar "asneiras" demasiado graves devemos agir quanto antes melhor, e para isso temos de estar precavidos acerca dos sintomas que são um sinal de depressão para que saibamos se nós ou alguém à nossa volta sofre de depressão.
Alguns dos sintomas são:
·         Afastamento de amigos ou pessoas.
·         Falta de vontade de realizar uma determinada tarefa que progressivamente se alastra ou pode alastrar a muitas outras actividades.
·         Perda de vontade de fazer seja o que for. Desiste da vida e de lutar por ela e pelas coisas.
·         Cansaço ou falta de energia.
·         Vontade de ficar só. Afasta-se de tudo e todos.
·         Não querer ouvir barulhos ou querer musica ou barulhos em altos berros (pois é uma forma de se alhear e afastar do que se passa à sua volta).
·         Abusar de medicamentos, álcool ou drogas. (Costumam ser meios para se afastar e alhear do que se passa à sua volta).
·         Medo de executar determinada tarefa; ou medo do que possa acontecer se falhar. Vive obcecada com a sua incapacidade ou com o que possa acontecer a outrem se ela falhar.
·         Vontade de chorar ou chora às escondidas.
·         Dores de cabeça, uma grande tensão ou desconforto a nível das costas, ombros ou cabeça ou pode mesmo ter dores ou desconfortos a nível lombar ou cintura.
·         Não se sente bem em lado nenhum.
·         Sente-se triste e abatida sem conseguir encontrar algo que a anime ou que lhe consiga despertar interesse.
·         Tem maus resultados escolares, incapacidade de se concentrar ou irrita-se facilmente.
·         Desleixa-se com o vestir ou com a sua apresentação. Isso deixou de lhe interessar.
Estes são alguns dos sintomas com que nos podemos deparar e para os quais devemos estar precavidos mas não quer dizer que por ter alguns deles a pessoa sofra de depressão. Existem também outros que não estão aqui. Aconselhe-se como seu médico ou especialista.
Na depressão bipolar a pessoa passa por fases em que está "tudo bem" e fases em que se sente demasiado deprimida ou em baixo. Isto apenas indica que existe algo que está a activar estes estados de espirito que precisa de ser corrigido para que a pessoa passe para um estado normal ou pelo menos mais normal.
Na depressão pós-parto os sintomas podem incluir um afastamento do bebé, um sintoma de não querer saber dele, um sintoma de incapacidade de tomar conta dele ou de cuidar dele, um pânico exagerado acerca do que possa acontecer ao bebé e outros sintomas tal como alguns dos acima descritos.
Tratamentos:
A situação corrente convencional para resolver a depressão, seja ela qual for, costuma ser:
  1. Antidepressivos
  2. Psicoterapia.
No entanto existem outras soluções (caso sejam indicadas) que serão dadas mais à frente.
Na primeira situação o médico pesa os prós e os contras da medicação pois a mesma não é isenta de riscos, e qual a mais indicada para a pessoa.
Como se sabe a medicação não cura (não resolve as causas) e como tal a pessoa muitas das vezes acaba por ficar com um problema crónico que dura o resto da vida, precisando de tomar medicação para equilibrar a química cerebral e dessa forma conseguir ter alguma qualidade de vida.
A complementar os anti depressivos ou em sua substituição caso a situação não seja grave pode-se procurar a ajuda de um naturopata, ou um homeopata, ou mesmo a experimentar os Florais de Bach ou outros técnicos e técnicas pois estas ajudas estão normalmente isentas de contra indicações e são tão ou mais poderosas do que a medicação química. Não é sem razão que na Alemanha se usa a homeopatia e produtos naturais para tratar a depressão em maior numero do que os medicamentos químicos.
No entanto, só o seu médico pode aconselhar ou dar-lhe as melhores sugestões. Converse com ele pois muitos deles são receptivos a alternativas como complementos aos seus tratamentos.
Quanto à psicoterapia; ela é boa mas mesmo assim deixa algumas questões sem respostas pois trabalha sobretudo a componente emocional mas não as carências nutricionais do corpo ou outras carências ou necessidades que o corpo ou pessoa possa ter. 
Por vezes existem problemas emocionais aos quais não é fácil chegar e as técnicas usadas por vezes não dão os melhores resultados apesar de todo o empenho do psicólogo e da pessoa.
Como se isto não bastasse, a psicoterapia leva tempo e numa pessoa deprimida a dificuldade é acrescida.
Muitas depressões têm como origem ou agravantes, condições físicas que precisam de ser corrigidas. E enquanto essas condições físicas não forem corrigidas, a pessoa não conseguirá ultrapassar a depressão.
Para além das disfunções físicas que muitas vezes existem e que muitas vezes estão na origem da depressão, costumam existir também disfunções a nível do sistema sacro craniano.
O sistema sacro craniano (liquido céfalo raquidiano, meninges e suas ligações ao sacro e ao crânio) é um sistema fisiológico muitas vezes completamente ignorado pela comunidade médica mas que é o responsável pelo ambiente fisiológico no qual todo o sistema nervoso central vive, funciona e se desenvolve.
Disfunções (ou maus funcionamentos) neste sistema alteram por completo o funcionamento do sistema nervoso e mesmo do próprio corpo, o que se traduz por muitas e variadas patologias.
A depressão normalmente tem uma das seguintes causas:
  1. Causa emocional, ou
  2. Causa física, ou
  3. Causa física e emocional.
  4. Desarranjos Hormonais ou carências nutricionais. 
  5. Outras causas que têm de ser determinadas e corrigidas.
Contrariamente ao que é comum ouvir-se e dizer-se, muitas das vezes existem causas físicas para a depressão, quer essas causas estejam na origem da depressão quer estejam como agravantes da depressão.
As causas físicas podem advir de disfunções no corpo ou de disfunções do sistema sacro craniano.
Há que corrigir as disfunções quer do corpo quer do sistema sacro craniano se queremos que todo o corpo entre em sintonia e em harmonia.
A grande maioria das disfunções existentes a nível do corpo e do sistema sacro craniano não são detectáveis nos exames médicos que actualmente existem pelo que passam completamente despercebidas dos profissionais de saúde e dessa forma acabam por não serem tratadas.
Esta é também a razão deste importante sistema fisiológico ser muitas das vezes completamente ignorado pela comunidade médica.
De salientar que essas disfunções apenas são detectáveis e corrigidas por pessoas treinadas para o efeito.
No entanto existem técnicas, terapias e medicinas que permitem resolver muitos desses problemas físicos.
Algumas dessas técnicas existem na osteopatia, na quiroprática, na osteopatia craniana, na terapia sacro craniana, na libertação mio fascial ou mesmo em outras.
Estas duas ultimas terapias são muito mais abrangentes e completas pois trabalham o sistema sacro craniano e também o corpo e como tal são mais eficazes para as depressões que têm origem ou uma forte componente física.
Uma coisa é certa, a depressão seja qual for a causa, altera o funcionamento do corpo e das suas glândulas endócrinas e estas alteram o funcionamento do corpo. Não interessa para aqui o quê ou quem altera o quê; o que interessa saber é que o funcionamento do corpo, do seu sistema imunitário, e das suas glândulas endócrinas está alterado, para além do seu sistema emocional.
Quem controla todo o corpo é o sistema nervoso central. é este que tem o funcionamento alterado e que não está a controlar convenientemente o resto do corpo seja isso devido a factores emocionais quer devido a condições físicas que o estejam a afectar.
Quanto às causas físicas (se existirem) que podem ser responsáveis por esta situação qualquer terapeuta Sacro Craniano ou qualquer terapeuta Mio Fascial deve ser capaz de verificar se elas existem ou não, e é capaz de as corrigir. (Mas tudo depende dos conhecimentos e experiência deles.)
No caso da depressão pós parto as alterações e disfunções no corpo e no sistema sacro craniano costumam ser as mais frequentes o que altera por completo todo o funcionamento do sistema nervoso, do sistema hormonal e do sistema emocional.
A Terapia Sacro Craniana (ou Crânio Sacral) e a Libertação Miofascial liberta as causas físicas, ajuda todo o sistema endócrino, melhora o funcionamento do sistema sacro craniano (o qual melhora o sistema nervoso central) libertando restrições e tensões no sistema sacro craniano, nas meninges e melhorando a drenagem e a circulação do liquido céfalo-raquidiano, liquido esse que banha, envolve e protege todo o sistema nervoso central melhorando assim a capacidade da pessoa relaxar e de equilibrar todo o seu sistema endócrino e hormonal o que pode ajudar bastante na situação, se for esse o caso.
A Libertação Mio Fascial faz tudo o que a Terapia Sacro Craniana faz e vai muito mais além, trabalhando todo o corpo e corrigindo aquilo que muitas das vezes está por detrás das alterações do sistema sacro craniano e das muitas disfunções e maus funcionamentos que existem no corpo e no sistema sacro craniano.
A rapidez e a eficiência da Libertação Miofascial faz com que ela seja a terapia que mais uso uma vez que consegue resultados muitas vezes considerados impossíveis.
Com a ajuda da Libertação Somato Emocional o terapeuta Sacro Craniano ou o terapeuta Mio Fascial pode libertar muitas das emoções que estão presas no corpo e a agravarem a situação.
Claro que podem existir muitas outras técnicas, terapias ou medicinas que também podem dar uma boa ajuda e que devem ser usadas para que os resultados sejam rápidos e estáveis.
A solução passa sempre por determinar e corrigir as causas da depressão.
Muitas depressões podem ser eliminadas em muito pouco tempo quando se sabe o que fazer para detectar e o que fazer para corrigir as causas.
Uma vez as causas corrigidas o problema pura e simplesmente deixa de existir.
E hoje isso é simples e fácil de fazer e de conseguir.
No caso de crianças com depressão, eu começo pelos pais primeiro.
Também no autismo, o tratamento deve sempre começar por os pais se submeterem a tratamento primeiro, para que fiquem mais relaxados e não transmitam o seu stress e tensões acumuladas ao longo dos anos aos seus filhos, impedindo-os dessa forma de fazerem os progressos que precisam.
No caso da Hiperactividade e mesmo da Dislexia ou de Problemas de Aprendizagem ou outros, quase sempre

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Para os estudantes de filosofia Crista

TOMÁS DE AQUINO: UM FILÓSOFO ADMIRÁVEL
Côn. José Geraldo Vidigal de Carvalho*

Primeiros anos

Tomás de Aquino que foi chamado o mais sábio dos santos e o mais santo dos sábios. Nasceu em março de 1225 no castelo de Roca-Sica, perto da cidade de Aquino, no reino de Nápoles, na Itália. Com apenas cinco anos seu pai, conde de Landulfo d’Aquino, o internou no mosteiro de Monte Cassino. Aí iria ser educado pelos sábios monges beneditinos, ordem religiosa fundada por Bento de Núrsia exatamente naquele local.
Tomás fez com raro brilhantismo os primeiros estudos. Mais tarde freqüentou a Universidade de Nápoles. Conheceu então os frades dominicanos, seguidores de Domingos de Gusmão, fundador da ordem dita dos pregadores. Tinha dezoito anos e resolveu fazer-se dominicano. Seus pais e irmãos ficaram decepcionados, pois Tomás era genial e tinha uma carreira fulgurante pela frente. Não queriam que ele fosse um frade de uma ordem mendicante.
Como a família o importunasse no Convento de Nápoles, Tomás foi transferido para Paris. À força foi de lá retirado e trazido de volta ao castelo paterno. Tudo fizeram para lhe tirar da cabeça a idéia de ser padre. Nada o convencia: nem rogos, nem promessas de uma existência com tudo que uma família rica pode oferecer.

A tentação e a vitória

Seus irmãos imaginaram armar-lhe uma cilada. Foi um plano realmente diabólico. Introduziram no seu quarto uma mulher bonita, charmosa, jovem, mas sem moral.
Pensaram eles que Tomás não resistiria. Entregar-se-ia a ela. Desistiria de sua vocação eclesiástica. A provocação era de baixo nível. Grande a tentação. Ao entrar a moça no quarto, Tomás compreendeu que deveria agir sem demora. O perigo era iminente. Então ele que estava entregue a uma piedosa leitura, imediatamente se levantou. Arrancou um tição da lareira. Com ele na mão, como uma espada de fogo, pôs a mulher em fuga.
A moça gritou e sumiu. Deve ter pensado que estava a lidar com um louco furioso agitando chamas, ameaçando, na aparência, deitar fogo à casa. Tomás, logo que ela saiu foi correndo até à porta, a fechou e a trancou. Num impulso natural esmurrou o tição incandescente na porta e traçou nela com o carvão um grande sinal da cruz. Jogou o que sobrou do carvão no fogo. Sentou-se de novo na sua cadeira e voltou a estudar.
Após dois anos, sua mãe Teodora concordou em libertá-lo. Deixou-se seguir para o convento de Nápoles em 1245. Acompanhado pelo Superior Geral, João o Teotônico, Tomás partiu para Paris. Dali foi para Colônia na Alemanha. Foi discípulo de Santo Alberto Magno com o qual logo se afinou culturalmente. Os estudantes de Colônia eram ávidos de discussões filosóficas. Nelas Tomás tomava parte ativamente.
Grande o proveito que tirou das sábias preleções de filosofia e teologia de Alberto Magno, cujos conhecimentos eram enciclopédicos. Com ele Tomás aprendeu que a verdadeira vida de um ser racional é fazer de sua inteligência uma ascensão contínua até chegar aos mais altos conhecimentos inteligíveis, atingindo a ciência da alma e a ciência de Deus. Ótimo discípulo, Tomás se distinguiu entre os colegas, obtendo fama pelo seu talento indiscutível.

O boi mudo

Tomás fora dos momentos de debates acadêmicos e das conversações atinentes a assuntos sérios, era calado, reservado. Além disto não apreciava perder tempo com conversas inúteis. Por isto um de seus colegas o chamou de “o boi mudo”.
Este companheiro, certo dia, levou a Alberto Magno uns apontamentos de Tomás. Foi nesta ocasião que Alberto proferiu a frase que se tornou célebre, pois era uma profecia que se realizou: “Chamais Tomás de “o boi mudo”, mas vos asseguro que seus mugidos ouvir-se-ão por toda a terra”. De fato, até hoje são inúmeros os seguidores de Tomás de Aquino, chamados tomistas.
Muito provavelmente foi porque deram a ele o apelido de “o boi mudo” que um dia os frades resolveram brincar com Tomás. Este estava, como sempre, andando no claustro, ou seja, no pátio interior do convento, meditando sobre profundos assuntos referentes a Deus.
Alguém o chamou, dizendo: “Vem ver um boi voando”! Tomás, imediatamente, o acompanhou e se pôs a olhar para o alto ao som das gostosas gargalhadas de seus confrades. Estes então lhe perguntaram como, sendo tão inteligente, ele podia pensar que um boi estivesse voando. A resposta de Tomás foi uma lição maravilhosa: “Olhei porque deve ser mais fácil um boi voar do que um frade mentir”. Nunca mais brincaram com ele, respeitando seus instantes de funda reflexão.

Seus famosos escritos

Em 1252 Tomás em Paris ensinava como bacharel. Segundo o método da época, deste modo poderia alcançar o título de mestre e doutor. Escreveu neste período comentários ao livro de Sentenças de Pedro Lombardo, obra composta entre 1150 e 1152. Comentou também o Profeta Isaías e o Evangelho de São Mateus.
Passados quatro anos era doutor e escrevia a Suma contra os Gentios, na qual faz uma exposição da crença cristã para uso dos missionários. São quatro livros dos quais os três primeiros tratam de verdades acessíveis à razão e o quarto livro das verdades de fé propriamente ditas.
Em 1268 iniciou a Suma Teológica, sua principal produção. Consta ela de três partes, subdivididas em questões e artigos. As duas primeiras partes datam dos anos de 1266 a 1272. A terceira, iniciada em 1272, ficou incompleta. Foi complementada pelo companheiro e amigo fiel de Tomás, Reginaldo de Piperno. Esta parte se chama

Suplemento.

Além destes trabalhos citados, Tomás escreveu inúmeras Questões como sobre a Verdade, a Alma, o Mal, a Beatitude e vários Opúsculos Filosóficos sobre assuntos diversos como O Ente a Essência, Sobre as Falácias. Deixou ainda comentários a respeito das obras de Aristóteles e outros escritos filosófico-sociais.

Morte imprevista

Quando Tomás de Aquino tinha cinqüenta e três anos, a 7 de março de 1274, foi surpreendido pela morte no mosteiro cisterciense de Fossanova. Estava a caminho de Lião onde, por ordem do Papa Gregório X, iria participar do Concílio de Lião. Ainda no leito de morte encontrou forças para falar aos monges sobre o livro da Bíblia denominado Cântico dos Cânticos.
Após seu falecimento ele entrou para a História com o título de Doutor Angélico, dada a culminância espiritual que atingiu e a perfeição de sua existência.
Conta-se que certa ocasião, diante de um Crucifixo, Tomás ouviu de Jesus estas palavras: “Bem escrevestes sobre mim, Tomás, que prêmio quereis”? Respondeu ele: “Nada senão a Ti mesmo, Senhor”. Prestes a morrer pronunciou estas palavras, após receber a Eucaristia: “De ti, Senhor, me veio o preço da redenção da minha alma! Todos os meus estudos, vigílias e trabalhos foram por teu amor”.
Conta-se que naquele dia 7 de março de 1274 Alberto Magno que se achava em Colônia, na Alemanha, com lágrimas nos olhos comunicou aos frades: “O irmão Tomás de Aquino, meu filho em Cristo, luz da Igreja, morreu. Deus acaba de me revelar isto”. Teve, portanto, a longa distância a percepção do falecimento de seu discípulo exemplar.
O corpo de Tomás de Aquino repousa na Catedral de Tolosa, na França. Foi declarado Santo pelo Papa João XXII que o canonizou em 1323. Paulo V em 1567 o declarou Doutor da Igreja e Leão XIII o proclamou em 1879 padroeiro de todas as escolas católicas. Venera-se sua memória a 28 de janeiro, dia em que seu corpo foi transladado para Tolosa, em 1369.

Ensinamentos de Tomás de Aquino

Tomás de Aquino acentuou a diferença entre a Filosofia, que estuda todas as coisas pelas últimas causas através da luz da razão, e a Teologia, ciência de Deus à luz da revelação.
Mostrou que o homem é o ponto de convergência de toda a criação e que nele se encerram, de certo modo, todas as coisas.
Ensinou que há uma união substancial entre a alma e o corpo. Isto é o fundamento maior da dignidade da pessoa humana. Esta é um corpo que está enformado por uma alma ou uma alma a enformar um corpo.
Defendeu o livre arbítrio, ou seja, a liberdade da vontade humana para aderir ao bem ou ao mal, donde a responsabilidade moral do homem. Daí a sanção da lei: prêmio para as boas ações e punição para os atos maus.
Para ele a morte determina para sempre a alma humana quer na desordem e na infelicidade, quer na ordem e na felicidade, como está na Bíblia.
O conhecimento, ensinava Tomás, tem a primazia sobre a ação, pois nada pode ser amado se não for conhecido primeiro.

Os cinco caminhos

Por cinco vias Tomás prova magistralmente a existência de Deus.
Com notável clareza expôs ele a prova tirada do movimento, partindo do pressuposto de que “tudo o que se move é movido por outro”.
Raciocina então: “se aquilo pelo qual é movido por sua vez se move, é preciso que também ele seja movido por outra coisa e esta por outra. Mas não é possível continuar ao infinito; do contrário, não haveria primeiro motor e nem mesmo os outros motores moveriam como, por exemplo, o bastão não move se não é movido pela mão.
Portanto, é preciso chegar a um primeiro motor que não seja movido por nenhum outro, e por este todos entendem Deus”1.
A segunda via é a da causa primeira universal. Eis o texto de Tomás de Aquino na Suma Teológica: “Constatamos no mundo sensível a existência de causas eficientes. É, entretanto, impossível que uma coisa seja sua própria causa eficiente, porque, se assim fosse, esta coisa existiria antes de existir, o que não tem nenhum sentido.
Ora, não é possível proceder até o infinito na série de causas eficientes, porque, em qualquer série de causas ordenadas, a primeira é causa intermediária e esta é causa da última, quer haja uma ou várias causas intermediárias.
Com efeito, se suprimirdes a causa, fareis desaparecer o efeito: portanto, se não há causa primeira, não haverá nem última, nem intermediária. Ora, se fosse regredir até o infinito dentro da série de causas eficientes, não haveria causa primeira, e, assim, não haveria também nem efeito, nem causas intermediárias, o que é evidentemente falso. Portanto, é preciso, por necessidade, colocar uma causa primeira que todo o mundo chama Deus”2.
Por este texto se percebe a clareza com que Tomás de Aquino expõe o seu raciocínio. Com rara habilidade intelectual ele procura o motivo da existência da causalidade no mundo. Assim se chega infalivelmente a uma causa que produz e não é produzida, ou seja, a causa eficiente primeira que é Deus.
Em terceiro lugar vem a prova da contingência. Em sentido amplo, contingência significa a possibilidade de um objeto qualquer de não ser, de não existir.
É tudo aquilo que pode ser como não ser. É contingente o fato de cada um de nós existirmos. Poderíamos não ter existido. A contingência metafísica significa que contingente é todo ente ao qual a existência não é essencialmente necessária.
Eis como Josef de Vries resume esta prova da existência de Deus proposta por Tomás de Aquino: “a prova cosmológica, baseando-se no nascimento e desaparecimento das coisas, conclui a contingência das mesmas, e partindo da mutabilidade própria também dos elementos constitutivos fundamentais cuja origem não pode ser mostrada experimentalmente, infere sua natureza também contingente, provando dessa maneira que o mundo todo é causado por um Ser Supramundano”3.
Este é o Ser Necessário que existe por sua própria natureza e não pode nunca deixar de existir. As criaturas nascem, crescem e morrem, são possíveis, não necessárias, ou seja, existem, mas não necessariamente. Se em algum tempo não tivesse havido nada de existente, teria sido impossível para qualquer coisa começar a existir, e, deste modo, também neste caso nada existiria o que seria um absurdo. Existe, portanto, um Ser Necessário que é Deus.
A quarta via para provar a existência do Ser Supremo é tirada dos graus dos seres. Na Suma Teológica assim se expressa Tomás de Aquino:
“Verificamos que alguns seres são mais ou menos verdadeiros, mais ou menos bons, etc. ora, diz-se o mais e o menos de coisas diversas segundo a sua aproximação diferente de um máximo. Existe, pois, alguma coisa que é o mais verdadeiro, o melhor, por conseguinte, o mais ser. Ora, o que é o máximo num gênero é a causa de tudo que pertence a este gênero. Existe, portanto, um ser que é para todos os outros causa de ser, de bondade, de perfeição total, e este ser é Deus:”4.
Deus possui o ser de modo absoluto, ao passo que as criaturas têm um grau diverso de ser. Isso significa que tal fato não lhes deriva em virtude de suas respectivas essências, caso em que seriam sumamente perfeitos e não em determinados graus. Ora, se não deriva de suas respectivas essências, isso, é lógico, significa que o receberam de um ser que concede tudo sem receber, que permite a participação sem ser ao mesmo tempo partícipe.
Este ser é a fonte de tudo aquilo que existe de algum modo. Ele é a perfeição infinita, absoluta. É um ser perfeito sob todos os aspectos que se possam imaginar. Nele se realizam com perfeição suprema todas as possibilidades do ser.
O quinto caminho apontado por Tomás de Aquino como prova da existência de Deus é o do finalismo, ou seja, do governo do mundo.
Jolivet resume esta quinta via deste modo: “No conjunto das coisas naturais verificamos uma ordem regular e estável. Ora, toda ordem exige uma causa inteligente, que adapta os meios aos fins e os elementos ao bem do todo. Portanto, a ordem do mundo é obra de uma Inteligência ordenadora, transcendente a todo o universo”5. Esse Ordenador é Deus.
De fato, quando se analisa o que ocorre no mundo se verifica que tudo age e opera como se tendesse a um fim. Não se trata de uma idéia mecanicista do universo, como se Deus interviesse juntando partes como acontece com o relojoeiro para constituir um relógio. Trata-se de se perceber a finalidade inata em algumas coisas, coisas que mostram em si mesmas um princípio de finalidade e total unidade. As exceções que se podem atribuir ao acaso não invalidam este raciocínio.
O que se busca é a causa da regularidade, da ordem e da finalidade visíveis em alguns seres. Esta causa não pode ser identificada com os próprios seres em si. É preciso, pois, remontar a um Ordenador que esteja em condições de dar ser aos seres e, na verdade, daquele modo específico no qual de fato eles operam.

As leis segundo Tomás

Segundo Tomás de Aquino, por ser racional, o homem conhece a lei natural, ou seja, está plenamente capacitado para saber que “se deve fazer o bem e evitar o mal”. Trata-se da participação da lei eterna pelo homem dotado de inteligência. A lei eterna outra coisa não é senão o plano racional de Deus, isto é, a ordem existente no universo todo. Por esta lei dirige tudo para o seu fim específico.
Além desta lei eterna e da lei natural, Tomás fala da lei humana, ou seja, jurídica. São normas feitas pelos homens para impedir que se pratique o mal. É a ordem promulgada por quem tem a responsabilidade pela comunidade.
Seguindo Aristóteles, Tomás de Aquino considera o Estado como uma necessidade natural. É que o homem é um ser social e precisa de orientações para viver em sociedade. Entretanto, Tomás de Aquino deixa claro que as leis humanas não podem contradizer a lei natural.
Aliás, no pensamento dele as normas do direito positivo existem para que os que são propensos aos vícios e neles se obstinam sejam persuadidos, a bem da ordem pública, a evitar tais desvios. Insiste Tomás na função pedagógica das leis humanas e nas sanções que podem e devem incluir. O objetivo é a convivência pacífica entre os homens.

Tomás de Aquino e a Filosofia Grega

Tomás de Aquino repensou Aristóteles, o grande filósofo grego do século V antes de Cristo. Deu diretrizes novas ao pensamento de Platão, outro grande filósofo daquele século. Deus é para Tomás o Criador de tudo, noção não atingida pela filosofia grega. O dualismo inexplicável entre o mundo ideal e o mundo fenomenal, entre Deus e a matéria foi inteiramente superado por Tomás de Aquino.
A ética de Aristóteles é sem obrigação e sem sanção, mas não assim a moral exposta pelo Aquinate.
Na lógica, parte da filosofia que trata da lei do raciocínio correto, Tomás de Aquino expôs e comentou os ensinamentos de Aristóteles, dado que a lógica aristotélica é perfeita. O filósofo grego foi o pioneiro que investigou cientificamente as leis do pensamento e as formulou com exatidão. Kant, filósofo alemão, afirmou que os filósofos posteriores nada acrescentaram ao que Aristóteles ensinou neste aspecto da filosofia6.
Entretanto, a teodicéia de Aristóteles, ou seja, a parte que trata de Deus, é incomparavelmente inferior à de Tomás de Aquino.
Como Aristóteles, porém, Tomás de Aquino na política, acertadamente, ensina que a bondade de um governo, sua eficiência, não dependem de sua forma, mas da honestidade, da competência com que se dedica ao bem comum, ao bem estar dos cidadãos.
Seja monarquia, república ou outra forma qualquer, melhor será, concretamente, a que mais se ajustar às necessidades do povo.

Leão XIII e Tomás de Aquino

Leão XIII que foi considerado o papa dos operários escreveu uma encíclica7, isto é, uma carta circular, solene, sobre a filosofia, em 1879. Neste documento a figura de Tomás de Aquino é objeto de especiais considerações.
Diz o texto que Tomás de Aquino foi quem com maior perfeição uniu a inteligência, a razão, à fé. Fala na excelência e perfeição da doutrina tomista. A confirmação desta importância é atestada pelo valor em si do que ele ensinou, pelos aplausos das Academias e Escolas e até pelos que não são católicos.
Odilon Moura deste modo resumiu o plano da referida encíclica: “Há necessidade de se instaurar uma Filosofia que harmonize a razão com a fé, para implantação da ordem na sociedade (números 1-20); ora, a Filosofia de Tomás é a que melhor atende aos requisitos para a harmonia entre a razão e a fé (números 21-27); logo, deve ser instaurada a Filosofia de Santo Tomás (números 28-37)”8.
Um dos trechos mais expressivos da referida encíclica é este: “Entre todos os doutores escolásticos, brilha como astro fulgurante, e como príncipe e mestre de todos Tomás de Aquino, o qual, como observa o Cardeal Caetano, “por ter venerado profundamente os santos doutores que o precederam, herdou, de certo modo, a inteligência de todos”. O termo escolástica empregado acima significa filosofia ensinada nas escolas medievais do Ocidente Europeu.
Diz ainda Leão XIII: “Tomás reuniu suas doutrinas, como membros dispersos de um mesmo corpo; reuniu-as, classificou-as com admirável ordem, e de tal modo as enriqueceu, que tem sido considerado, com razão, como o próprio defensor e a honra da Igreja”.
Este trecho a seguir retrata admiravelmente quem foi Tomás de Aquino: “De espírito dócil e penetrante, de fácil e segura memória, de perfeita pureza de costumes, levado unicamente pelo amor da verdade, cheio de ciência divina e humana, justamente comparado com o sol, aqueceu a terra com a irradiação de suas virtudes e encheu-a com o resplendor de sua doutrina”.
Sobre seu espírito filosófico Leão XIII atesta: “Não há ponto da filosofia que não tratasse com tanta penetração como solidez. As leis do raciocínio, Deus e as substâncias incorpóreas, o homem e as outras criaturas sensíveis, os atos humanos e seus princípios, são objeto das teses que defende, nas quais nada falta, nem a abundante colheita de investigações nem a harmoniosa coordenação das partes, nem o excelente método de proceder, nem a solidez dos princípios”.
Quem se interessa por obter outras análises de Leão XIII sobre Tomás de Aquino encontra nesta encíclica inúmeras outras considerações que mostram o valor deste filósofo extraordinário.

Tomás de Aquino hoje

Os discípulos, os seguidores de Tomás de Aquino neste final do século XX são incontáveis.
Filósofos talentosos das mais diversas nações encontram em Tomás de Aquino elementos valiosos para suas pesquisas. Sertillanges, Maritain, Gilson, Garrigou-Lagrange, De Finance, Caturelli são alguns entre muitos que manifestam a presença vigorosa do tomismo em nossos dias.
No Brasil Fernando Arruda Câmara, notável filósofo brasileiro, lançou o livro “Tomismo Hoje”, no qual mostra o grande número de tomistas em nossa pátria, entre os quais, se destaquem Maurílio Teixeira Leite Penido, Leonardo Van Acker, Henrique Cláudio de Lima Vaz, Alexandre Correia.
A reelaboração do tomismo efetuada pelos filósofos de nossos dias tem como característica um estudo direto dos textos de Tomás de Aquino. Além disto se nota uma fidelidade absoluta às teses fundamentais estabelecidas por ele. Percebe-se diálogo aberto com as outras correntes filosóficas atuais. Há ainda uma preocupação dos tomistas de hoje de investigar em profundidade a cultura moderna, contemporânea.
Tais discípulos de Tomás de Aquino são chamados neotomistas que tentam responder às profundas perguntas que se colocam ao homem de hoje, cristãos ou não-cristãos. Há sobretudo um apelo à Verdade e ao Amor Criador que precisam penetrar no íntimo da realidade humana.
À cultura moderna e contemporânea influenciada pela técnica e pela ciência, endeusadas erroneamente, o tomismo traz uma contribuição admirável. Leva o ser racional ao encontro de Deus e dos valores perenes, sem os quais é impossível a verdadeira felicidade. Trata-se de libertar o homem da escravidão do materialismo com todas as suas terríveis conseqüências.
Chesterton, pensador inglês afirmou: “Neste momento atual, tão pouco esperançoso, não há homens tão esperançosos como aqueles que consideram agora Santo Tomás como guia em uma centena de perguntas angustiosas respeitante às artes, à propriedade e à ética econômica. Há inegavelmente um tomismo esperançoso e criador em nossa época”9.
É também deste autor esta frase luminosa: “Que o tomismo seja a filosofia do bom senso, o mesmo bom senso o proclama”10. O erro seria considerar o tomista como quem entende Tomás de Aquino de modo estático, medieval. Nada disto. Através de um estudo maduro, de uma reflexão atenta, o tomista procura pinçar o que está latente nos escritos de Tomás de Aquino.
Como observou Dino Staffa: “Nenhuma das maravilhosas conquistas da ciência física são inconciliáveis com a doutrina tomista, senão que a integram e iluminam”11.
Há, de fato, uma perfeita harmonia entre os ensinamentos de Tomás de Aquino e as descobertas científicas de hoje.
Jean Ladrière recentemente declarou: “A atualidade do pensamento de Santo Tomás de Aquino é a presença contínua de uma força inspiradora capaz de assumir, em suas figuras cambiantes, o destino da razão, a consciência que ela tomou de suas conquistas como de seus limites, o pressentimento que ela traz consigo daquilo que lhe pode dar absolutamente seu sentido”12.
Wolfgang Kluxen situou, com rara felicidade, a posição do tomismo ao escrever que este “não é a última palavra da razão e isto segundo seus próprios princípios. Basta, porém, que seja uma palavra real, séria, verdadeira; e, como tal, ele permanecerá sempre atual, contemporâneo a todas as épocas”13.
O reencontro da juventude de hoje com Tomás de Aquino significa libertação e renovação cultural forte. Tomás de Aquino é um convite ao afastamento de tudo que degrada o ser humano. Ele inspira segurança para que se ande nos caminhos do bem e dos verdadeiros valores. Enche de esperança o coração juvenil.

João Paulo II e Tomás de Aquino

Realizou-se em Roma em 1990 o nono Congresso Tomista Internacional. João Paulo II, o atual papa, recebeu em audiência os participantes deste Congresso promovido pela Pontifícia Academia de Santo Tomás. Na oportunidade falando aos tomistas ali reunidos o papa recordou que em 1880 havia chamado Tomás de Aquino de “Doutor da Humanidade”. Tal título era baseado no muito que Tomás de Aquino escreveu dignificando a natureza humana com suas colocações filosóficas e teológicas.
Lembrou o papa os ensinamentos do Aquinate nas obras “Sobre Homem” e “Sobre Deus Criador” nas quais ele ensina que “enquanto o homem é obra das mãos de Deus, traz em si a imagem de Deus e tende, por natureza, a uma semelhança com Deus cada vez mais plena”14.
Depois de outras profundas considerações João Paulo II assim se expressou: “Deve-se, portanto, desejar e favorecer de todos os modos o estudo constante e aprofundado da doutrina filosófica, ética e política que Santo Tomás deixou em herança às escolas católicas e que a Igreja não hesitou em fazer própria, de modo especial no que diz respeito à capacidade, à perfectibilidade, à vocação, à responsabilidade do homem quer na esfera pessoal quer na social…”
Quanto à atualidade da doutrina tomista assim se expressou o papa: “Santo Tomás não podia certamente prever um mundo cultural e religioso tão vasto e complexo e articulado como nós hoje conhecemos. Nem podia, portanto, ditar soluções concretas para a grande quantidade de problemas específicos que nós hoje devemos enfrentar”.
Prossegue, porém, o papa: “Mas dado que seu maior cuidado foi colocar-se e manter-se da parte da verdade universal, objetiva e transcendente [...] traçou um método de trabalho missionário que é hoje substancialmente válido também no plano das relações ecumênicas e inter-religiosas, assim como no confronto com todas as culturas antigas e novas”.
Portanto, a doutrina de Tomás de Aquino é apta para a aproximação dos cristãos entre si e para o entendimento das culturas passadas e recentes.
De fato, o amor à verdade que fulgiu, brilhou, em Tomás de Aquino conduz à sociabilidade é à solidariedade, à liberdade que, segundo João Paulo II, firmado no Aquinate, não pode ser real se não está fundamentada nesta verdade. A crise moral do mundo de hoje lembra no seu discurso o papa “depende do enfraquecimento do sentido da verdade nas inteligências e nas consciências, que perderam a referência à fundação última da verdade mesma”.
É aí, precisamente, que se deve ver a importância capital do contacto com a doutrina de Tomás de Aquino.

Tomás de Aquino e Francisco de Assis

Dada a popularidade de Francisco de Assis, melhor se pode ter uma idéia de Tomás de Aquino, fazendo-se uma comparação entre ambos.
Francisco de Assis era magro, de baixa estatura, vibrante, um corisco. Vivia atrás de seus pobres. Era um andarilho de Deus. Caminhava pelas estradas para ajudar os necessitados. Andava modestamente pelas ruas edificando a todos. Tomás de Aquino era corpulento, pesado como um touro. Gordo, vagaroso. Tranqüilo e quieto. Nada sociável, era tímido. Vivia meditando, refletindo.
Francisco de Assis era irrequieto e para muitos um tanto quanto maluco em suas privações. Tomás de Aquino era o homem da pontualidade, da regra, do método.
Francisco de Assis desprezou os estudos e nem queria que seus seguidores freqüentassem as universidades. Tomás de Aquino era o intelectual debruçado sobre os livros e sempre a escrever.
Francisco de Assis era um poeta ambulante, imerso na beleza das flores, do murmúrio dos rios, do cântico dos pássaros. Tomás de Aquino era um poeta-teólogo, acadêmico, compondo hinos litúrgicos profundos.
Francisco de Assis queria persuadir pela simplicidade das ações vistas pelos homens para arrastá-los a Deus. Tomás de Aquino desejava persuadir pelas palavras para levar milhares até o Criador.
Francisco de Assis pode ser comparado com um manso cordeirinho imerso na natureza. Tomás de Aquino, como foi relatado, foi comparado a um boi, cujos mugidos ecoaram pelos séculos afora.
Francisco de Assis era filho de um comerciante da classe média e não estava de acordo com a vida mercantil do pai, pois não amava a agitação do comércio. Seu desapego total às coisas do mundo não se adequava à busca de um lucro material. Tomás de Aquino era de família nobre e poderia ter todo o conforto que o mundo oferece, mas desprezou as glórias mundanas para se entregar inteiramente a seu mundo interior sem o apego a tudo que o luxo pode oferecer.
Ambos por caminhos diferentes e numa ótica diversa optaram pela pobreza evangélica.
Francisco de Assis o homem menos mundano que andou pelo mundo viveu neste mundo como um pobre caminhante. Tomás de Aquino procurava a solidão como alguém que não fosse deste mundo para andar pelos caminhos do espírito nas regiões de profundas questões intelectuais.
Francisco de Assis pode ser chamado o trovador de Deus, mas, por certo, não admitiria o Deus dos trovadores. Tomás de Aquino não reconciliou Cristo com Aristóteles, mas sim reconciliou Aristóteles com Cristo.
Francisco de Assis é o santo da ecologia. Tomás de Aquino é o santo da filosofia.
Francisco de Assis mortificava tanto o seu corpo que mereceu ter em si os estigmas, ou seja, as chagas de Cristo. Tomás de Aquino preferia filosofar sobre o corpo, ensinando que o homem não é um homem sem o corpo, tal como o não é sem a alma.
Francisco de Assis tornou-se um santo eminentemente popular. Tomás de Aquino um santo mais venerado pelos intelectuais.
Quer Francisco de Assis, quer Tomás de Aquino deixam ambos uma mensagem vibrante para este final de milênio: a felicidade não se encontra fora de cada um, mas lá no íntimo do ser racional. Ambos convidam para esta viagem que muitos não gostam de fazer: entrar no âmago da própria consciência. Lá se descobre Deus, para, em seguida, como fizeram os citados personagens, se abrir para o próximo, para a natureza, para as conquistas da inteligência.
Ambos mostram que há caminhos diversos para se atingir o objetivo último do homem nesta busca, nem sempre bem direcionada, da tranqüilidade, da ordem e da paz.
Este reencontro com tão ilustres e sábias figuras por certo move a um repensar frutuoso no sentido daquele auto-controle tão necessário seja a quem for.
Como mostra Francisco de Assis não é preciso se apartar do mundo e das maravilhas que Deus espalhou por toda parte. Cumpre curtir a vida.
Como ensina a vida de Tomás de Aquino não se pode afastar das conquistas do espírito, da inteligência. Tomás, certamente, se vivesse hoje, estaria enfronhado nos progressos humanos. Nas suas reflexões procuraria o sentido, o significado da ciência e da técnica tão avançadas de hoje. Deixou, porém, ele princípios valiosos para que os homens do século atual façam tal análise com pertinência e sabedoria.

Uma aventura divina

A existência de Tomás de Aquino foi, sem dúvida, uma aventura divina.
Quando olhamos para o firmamento à noite, imenso veludo cravado de estrelas, percebemos que umas brilham mais do que outras. Tomás de Aquino no firmamento dos grandes homens é estrela de primeira grandeza. Entre os santos que o cristianismo apresenta, nenhum foi mais sábio.
Ao lado de uma cultura invejável e de uma inteligência admirável Tomás de Aquino deixou o exemplo de uma grande humildade. Honras e dignidades eclesiásticas lhe foram oferecidas, mas ele as recusou. Quis sempre viver na solidão de seu convento onde se refugiava quando não estava a dar aulas ou a pregar.
Tomás de Aquino revela que não basta um saber enciclopédico, mas este deve ser sólido, profundo, alimentado na reflexão contínua.
Na doutrina de Tomás de Aquino encanta não apenas a universalidade dos temas que abordou, dos quais tratou, mas a clareza de sua explanação é também digna de nota.
A obra monumental de Tomás de Aquino foi, sem dúvida, a Suma Teológica, a qual se pode comparar às majestosas catedrais do estilo gótico de seu tempo, elevando-se acima de todos os escritos deste gênero.
Tomás de Aquino ensina como uma vontade determinada, férrea, pode atingir os mais nobres objetivos. A concentração da inteligência nos estudos leva a resultados maravilhosos.
Num mundo no qual tudo arrasta o homem para fora de si mesmo, deixando-o entre as ondas revoltas da angústia e da agitação interior, Tomás de Aquino é um convite vivo a instantes de uma salutar entrega ao silêncio em busca daquela serenidade que felicita e engrandece.
Tudo que foi relatado dizendo respeito ao tomismo, mostra que se trata de um tomismo atual, perdurável e não um tomismo medieval. Isto mostra que há, de fato, em tudo que Tomás de Aquino escreveu uma tendência universalista.
Oferece, realmente, o conjunto de ensinamentos do grande filósofo de Aquino elementos valiosíssimos para pensar o mundo e o momento atual à luz das verdades perenes. Surgem, realmente, novos pensadores que sob a conduta do Doutor Angélico se consagram a estabelecer a ordem segundo a verdade.
É a verdade que sempre salva e liberta o ser racional, hoje, sobretudo necessitando de um senso crítico apurado. A juventude precisa deste amor à verdade para não se deixar levar pelas armadilhas do erro e da mentira.
O tomismo não quer em absoluto retornar à Idade Média. Trata-se, contudo, de salvar e de assimilar todas as riquezas oferecidas por Tomás de Aquino para valorizar tudo que há de positivo nos tempos modernos. É que o tomismo pretende usar da razão para separar o verdadeiro do falso. Pode purificar certas tendências modernas e integrar tudo que a verdadeira conquista do espírito humano conseguiu após Tomás de Aquino. De fato, o tomismo é uma filosofia essencialmente sintética e assimiladora.
O tomismo é uma sabedoria que nasce de um sistema magnificamente arquitetado por Tomás de Aquino, apta, portanto, para orientar as mentes, libertando-se do erro.
No momento em que se nota no mundo de hoje um surto religioso inegável, a presença de Tomás de Aquino é de fundamental importância. Os cristãos, sobretudo, se empenham em viver o que Jesus ensinou e procuram, sem falso moralismo, uma vida longe de lances desonestos que maculam e escravizam. O exemplo magnífico de Tomás de Aquino que, em plena juventude, venceu espetacularmente a tentação sexual, realmente, arrasta e inspira gestos semelhantes.
Com justiça ele foi denominado o Doutor Angélico. Tal elevação de uma existência singular se deveu à sua íntima união com Deus. Hoje grupos juvenis se formam e sem nenhum respeito humano se põem a cantar os louvores divinos e buscam uma perfeição de vida, motivo de fagueiras esperanças. Tudo que Tomás de Aquino realizou ele o consegui indo à fonte suprema do Bem. Neste aspecto há uma sintonia muito grande entre a mentalidade do Aquinate e esta onda religiosa hodierna.
A piedade de Tomás de Aquino era algo viril, pois o conduzia a ações verdadeiramente heróicas. É este o ideal que toma conta de centenas de jovens que não desejam se deixar levar pelas vagas dos vícios, mormente das drogas que matam e rematam tantas vezes a crueldade de espíritos perversos que se enriquecem com as desgraças alheias.
Tomás de Aquino constitui-se deste modo num apelo vibrante a que prossigam todos nesta caminhada vibrante da afirmação pessoal.
Pode-se, portanto, dizer que Tomás de Aquino se torna assim um notável concidadão dos tempos modernos.
Aos males da inteligência ele propõe o remédio do exercício da razão, capaz de desmascarar as insídias das manipulações dos donos do poder.
Aos desastres éticos e morais ele aponta a retidão da vontade firmada na proteção de Deus a levar para longe das servidões dos falsos prazeres.
Ao desânimo que, por vezes, se instaura em tantos corações ele propõe a experiência de Deus, fonte de toda paz e energia interior.
A uma ciência e a uma tecnologia materialistas ele contrapõe o retorno incondicional a Deus, cuja existência ele soube tão bem provar.
A este herói da ordem intelectual se deve acorrer para se buscar nas conquistas do espírito a força capaz de erguer um mundo que se deixou levar pelo endeusamento de falsos ídolos.
Em nossos dias quando a filosofia voltou a ser novamente prestigiada nos currículos até do segundo grau, o reencontro com Tomás de Aquino só poderá resultar numa maior pujança intelectual e cultural.
Por tudo que aqui foi escrito sobre Tomás de Aquino se pode concluir que ele é, de fato, o mais sábio dos santos e o mais santo dos sábios!
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NOTAS

1 Santo Tomás, Suma Teológica I, q.2, a. 3.
2 Idem, ibidem.
3 Joseph de Vries, Deus (Provas da existência de) in: W. Brugger, Dicionário de Filosofia. São Paulo, Herder, 1969, p. 131.
4 Santo Tomás, idem, ibidem.
5 Regis Jolivet, Tratado de Filosofia, vol. III, Metafísica, Rio de Janeiro, Agir, 1972, p. 387.
6 Apud Leonel Franca, Noções de História da Filosofia, Rio de Janeiro, Agir, 1967, p. 55.
7 Leão XIII, Aeterni Patris, Rio de Janeiro, Presença (Tema Atual no 43).
8 Odilão Moura in: Leão XIII, op. cit., p. 14.
9 G.K. Chesterton, S. Tomás de Aquino, Braga, Livraria Cruz, 1957, p. 255.
10    Idem, ibidem, p. 195.
11    Dino Staffa, Vitalidad del Tomismo, Salamanca, Imprensa Calatrava, 1963, p. 27.
12    Jean Ladrière, La situation actuelle de la philosophie et la pensée de Saint Thomas in: Benedetto d’Amore, Tommaso d’Aquino e il Centenario dell’enciclica “Aeterni Patris”, Roma, Società Internazionale Tommaso d’Aquino, 1979, p. 100.
13    Wolfgang Kluxen, L’originalité de Saint Thomas d’Aquin et le problème d’um thomisme contemporain in: Benedetto d’Amore, op.cit., p. 209.
14    João Paulo II in: L’Osservatore Romano, Vaticano, Ano XXI, no 43 (1091) 28.10.1990, p. 9.
* Professor no Seminário de Mariana - MG

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